Os servidores de Navegantes rejeitaram em assembleia realizada nessa quinta-feira a primeira proposta oficial que o governo municipal fez ao movimento grevista após sete dias de paralisação. O dia também ficou marcado pela demonstração de força e a união da categoria, que mesmo com a mudança de local, manteve a mesma quantidade de adesões a greve, com mais de 700 servidores entre os períodos da manhã e da tarde na Praça Central da Praia.
O novo espaço foi definido em respeito a liminar do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que determinou que a mobilização deve ocorrer a 200 metros de prédios públicos municipais. Embora o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz) não tenha sido oficiado da decisão até o final da tarde dessa quinta, optou por respeitar a decisão na qual teve acesso através da nota oficial da Prefeitura.
Na proposta entregue ao Sindifoz, o município manteve a posição que já havia adotado em reuniões anteriores, não contemplando a maioria dos pleitos da categoria. A única proposta aceita pelos servidores foi o reajuste dos valores das bolsas de estudo, com a condição da inclusão dos ACTs entre os beneficiários.
Com relação ao vale-alimentação, o município propôs um aumento parcelado, mas os servidores decidiram por manter a solicitação de reajuste único para R$100,00 por mês. Já a conclusão do estatuto do servidor teve proposta de 90 dias para ser concluída, mas o prazo estipulado em assembleia é de 30 dias. Enquanto a revisão da tabela salarial, que o município alega não poder executar no momento, terá a solicitação mantida pelos servidores.
Ainda segundo o Sindicato, uma das questões debatidas em uma reunião na terça-feira com o poder executivo, mas que não foi inclusa nas propostas oficiais, é a criação de um benefício de valor semelhante ao vale-alimentação para os funcionários da Secretaria de Obras, que não recebem o vale porque têm direito a almoço na própria secretaria.
Todos os itens deliberados em assembleia nessa quinta-feira serão entregues ao governo municipal pelo Sindicato através de ofício. Enquanto não há um acordo entre servidores e prefeitura, a mobilização segue no novo local.