O município de Itajaí iniciou no dia 7 de julho a implantação de vigilantes armados nas unidades de ensino da rede municipal. Inicialmente, 45 unidades vão contar com o serviço de uma empresa privada, e as demais unidades serão contempladas até o dia 27 deste mês, seguindo prazo da Polícia Federal para liberação do registro das armas que serão utilizadas.
O Sindifoz, representado pelo seu presidente Francisco Johannsen, participou na manhã do dia 07, de uma reunião na da Secretaria de Educação sobre a contratação dos 245 vigilantes armados, que serão divididos em 120 vigilantes no período matutino, 120 no vespertino e cinco no período noturno, no horário de funcionamento de cada unidade. Com escala de 12×36 horas, cada unidade não terá o mesmo vigilante todos os dias.
Diante desta situação, o Sindifoz questionou na reunião sobre o caso de alunos que ficam além do horário aguardando os pais. A Secretaria de Educação informou que irá adaptar os horários, já que o contrato visa guardar a segurança de pessoas. Outro questionamento foi acerca do armamento, que será guardado na unidade escolar, por exigência de norma legal da Polícia Federal.
O Sindifoz mostra preocupação com a execução deste contrato, pois não é a rotina da unidade escolar ter pessoas armadas. A função do vigilante armado será guardar pessoas e monitorar o ambiente escolar, comunicando a direção escolar caso visualize alguma situação em relação aos alunos. Não será função do vigilante armado, por exemplo, separar uma briga entre alunos.
Segundo a prefeitura, a estimativa de custos mensais é de R$ 930.750,00 e o contrato inicial terá vigência de 12 meses, com valor total de R$ 11.169.000,00.
O município assumiu um custo elevadíssimo com a repressão, porém, não se vê política pública alguma de prevenção a situações de violência, tampouco investimento nos profissionais da educação e na equipe multidisciplinar, que é um pedido, inclusive, dos vereadores-mirins de Itajaí, que pedem psicólogos nas escolas.