O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz) vem a público manifestar seu apoio a servidora e professora da rede pública de ensino de Itajaí acusada nas redes sociais de estar “doutrinando” alunos dentro de sala de aula.
O Sindifoz reforça que tal situação deve ser apurada na esfera administrativa, e não através de publicações em redes sociais que expõem o servidor sem que os fatos estejam devidamente esclarecidos. Para isso, o município possui uma comissão de sindicância que apura eventuais descumprimentos ao Estatuto dos Servidores Públicos de Itajaí.
Rechaçamos qualquer julgamento antecipado do servidor público antes de o mesmo ter direito ao contraditório e a ampla defesa dentro do devido processo administrativo disciplinar. Em casos como este, relacionados ao vínculo de trabalho do servidor, o Sindifoz coloca a disposição dos seus filiados atendimento jurídico e assim o fará com a professora em questão.
Acreditamos que é preciso ter muita cautela antes de caracterizar uma fala de um professor como “doutrinação”. Eventuais denúncias devem ser levadas ao conhecimento da direção da escola e a Secretaria de Educação para que apurem os fatos dentro do devido processo legal.
Utilizar uma rede social para fazer um prejulgamento pode trazer danos irreparáveis ao servidor público, tanto morais, quanto físicos. Nesse âmbito, já foram registrados vários casos em Itajaí de agressões físicas contra professores, seja por parte de alunos ou até mesmo por parte dos pais dos mesmos.
Conforme matéria publicada pelo jornal Diarinho desta quinta-feira (14/02), as palavras da própria mãe da aluna que teria feito a denúncia demonstram ameaça a integridade física da servidora: “Depois alguém dá um soco nessa professora e ela vira coitadinha”, diz a mãe em determinado trecho.
Caso outros servidores estejam se sentindo ameaçados ou perseguidos dentro do ambiente escolar, o Sindifoz coloca novamente o seu departamento jurídico a disposição.