Os servidores públicos municipais da Educação de Navegantes decretaram estado de greve na noite desta terça-feira, dia 16. A decisão foi tomada por unanimidade entre os servidores que participaram de Assembleia Geral promovida virtualmente pelo Sindifoz.
A categoria reivindica a imediata paralisação das aulas presenciais na rede municipal, mantendo-se apenas as atividades remotas, como ocorreu em todo o ano de 2020. Os servidores defendem que o retorno seguro às unidades escolares só ocorrerá quando os profissionais da Educação forem vacinados.
O movimento ocorre por conta do crescente número de casos de covid-19 entre os servidores da rede municipal, que reiniciou as aulas presenciais no último dia 8. Menos de 10 dias após o retorno às unidades, já há vários relatos de protocolos que não estão sendo seguidos conforme determina o plano de contingência (Plancon) da Secretaria de Educação.
Nesta segunda, o Sindifoz já havia oficiado o prefeito municipal para que suspendesse as aulas presenciais imediatamente, bem como já havia oficiado o prefeito no início de março para que não reiniciasse as aulas presenciais. Porém, em ambas solicitações, o governo municipal optou por manter as aulas.
Assim como em Itajaí, os servidores decretaram o estado de greve como uma medida pela preservação das vidas. Tendo em vista o colapso do sistema de saúde no estado, com falta de leitos de UTI, e a sobrecarga de atendimentos nas unidades de saúde municipais, há necessidade urgente de frear o nível de contágio também em Navegantes.
Na última segunda-feira a professora Eliane Mafra, que atualmente atuava como diretora de RH na Secretaria de Educação de Navegantes, faleceu por conta da covid-19, sem acesso a um leito de UTI. A secretária de Educação da cidade também se encontra internada por complicações decorrentes do coronavírus.
O Sindicato irá oficiar o município acerca do estado de greve dos servidores e uma nova Assembleia Geral será marcada na próxima semana para deliberar sobre o tema, respeitando os prazos legais.