Foi a aprovado na noite de ontem na Câmara de Vereadores de Navegantes o projeto de Lei Ordinária 70/2021, do Poder Executivo, que dá poder ao prefeito municipal de conceder a reposição da inflação no vencimento dos servidores e também o reajuste do auxílio alimentação pelo índice da inflação do período de janeiro a dezembro de 2021, que deverá ser de, aproximadamente, 10%. Ou seja, o valor do auxílio alimentação que atualmente é de R$106,00, deverá ter um acréscimo de, no máximo, R$10,60.
Na última semana o Sindifoz já havia se manifestado contrário ao projeto no que diz respeito ao auxílio alimentação, tendo em vista que inclui-lo junto com a revisão geral anual do salário dos servidores visa evitar a negociação com a categoria, já que o auxílio alimentação faz parte da pauta de reivindicações dos servidores.
“Este projeto de lei vem em um momento no qual a categoria aprovou uma pauta de reivindicações e aguarda desde o dia 3 de dezembro uma reunião com o governo municipal. Porém, o chefe do Executivo sequer quis ouvir as reivindicações dos servidores e a intenção deste projeto de lei é não conceder nenhum aumento real ou ganho salarial aos servidores de Navegantes”, destaca o presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen.
O valor de auxílio alimentação oferecido em Navegantes está muito abaixo da média de outros municípios da região e fora da realidade dos preços relacionados a alimentação no Brasil. Aos vereadores que votaram a favor e ao prefeito Liba Fronza, fica o questionamento: o que o servidor público conseguirá comprar com R$ 10 a mais no auxílio alimentação?
Sete vereadores votaram a favor do projeto do Executivo e estão ao lado do prefeito: Andrew Filintto Laurentino (PSD), Antonio Carlos Uller (Patriota), Gabriel dos Anjos (PSC), Jassanan Ramos (MDB), Lorival Kempner (PP), Luciane Chagas Bittencourt Pereira (PL) e Sorilei Aparecida Thiele Dapper (DEM). A presidente da Câmara, Adriana Rodrigues Luz Macarini (PL), embora não vote por conta do regimento da Casa, manifestou-se a favor do projeto durante a sessão.
Apenas dois vereadores votaram contra o projeto: Paulo Rodrigo Melzi (MDB) e Jonas de Souza (PL).