Os servidores da Educação de Navegantes que estão aderindo à greve das atividades presenciais têm sido impedidos de lecionar em aulas remotamente. Nesta segunda-feira, servidores foram avisados por seus diretores que a orientação da Secretaria Municipal de Educação é de impedir a aula remota. Teve servidor, inclusive, sendo excluído da função de administrador do grupo de WhatsApp de sua turma.
O Sindifoz informa que esse tipo de atitude do governo de Navegantes visa impedir o servidor de exercer o seu direito constitucional de greve, em uma tentativa clara de coagir o servidor a exercer a greve parcial das atividades e também dificultando que os alunos tenham acesso às atividades do seu professor.
Em Itajaí, durante os 12 dias de greve das atividades presenciais, práticas como essa não foram adotadas pelo governo municipal, muito pelo contrário, as escolas inseriram os servidores em greve nas rotinas de trabalho das unidades.
No caso do município de Itajaí, diante da gravidade da situação e do movimento dos servidores em greve, o governo optou por antecipar o recesso escolar como uma medida para evitar as aulas presenciais no momento mais grave da pandemia em nosso estado e região, instituindo um recesso de 30 dias até dia 1º de maio.
Infelizmente, Navegantes vai na contramão dessa medida e, ao tentar forçar servidores ao trabalho presencial nas escolas mesmo sem demanda de alunos, age de forma irresponsável na propagação da covid-19, que já vitimou fatalmente quatro servidores da Educação e a própria secretária do município, além de contaminar vários outros servidores e membros da comunidade escolar desde que as aulas presenciais foram retomadas.