Os servidores públicos municipais da Educação de Navegantes decretaram greve das aulas presenciais, mantendo as atividades remotas como foi em 2020. A decisão foi tomada por unanimidade pelos servidores durante a Assembleia Geral promovida virtualmente pelo Sindifoz na noite desta quinta-feira, 25.
Com isso, o Sindifoz oficiará o governo municipal da decisão da categoria nesta sexta-feira, dia 26 e, cumprindo o prazo legal, a paralisação das aulas presenciais se inicia na próxima quarta-feira, dia 31.
A reivindicação da categoria é que as aulas presenciais sejam paralisadas imediatamente por conta do aumento de casos na rede municipal, entre servidores e alunos, diante da sobrecarga de atendimentos nas unidades de saúde da região e a falta de leitos de UTI vagos no estado.
Desde o retorno das aulas presenciais ocorrido no último dia 8, três servidoras da Educação de Navegantes morreram em decorrência de um surto de Covid-19 na sede da Secretaria de Educação. A secretária de Educação da cidade segue internada por complicações decorrentes do coronavírus. Assim como estes, há outros casos positivos e suspeitos.
Na data em que Santa Catarina completa um ano da sua primeira vítima, o Estado superou a marca de 10 mil mortes por Covid-19. No caso de Navegantes, os servidores denunciam o descumprimento do Plano de Contingência (Plancon) em muitas unidades escolares. O Plancon deveria prevenir, monitorar e controlar a disseminação da Covid-19 nos estabelecimentos de ensino.
O Brasil está batendo recordes a cada dia. O sistema de saúde segue colapsado. É preciso conter a curva de contágio. A greve é pela vida. Diante disso, os servidores reivindicam que as atividades sejam apenas remotas na rede municipal. Para a categoria, enquanto a vacina não estiver acessível a todos, não há como as atividades voltarem a ser de forma presencial.
Em Itajaí, os servidores do município completaram 10 dias de greve das aulas presenciais nesta quinta-feira e o movimento tem crescido a cada dia, com novas adesões diariamente.