Um dia após decretar a suspensão das aulas presenciais em Itajaí, o prefeito do município voltou atrás e revogou na tarde desta sexta-feira o referido decreto, mantendo as aulas presenciais a partir da próxima semana normalmente em Itajaí.
Imediatamente após receber essa informação, o Sindifoz já protocolou um ofício no gabinete do prefeito questionando quais critérios técnico científicos a administração adotou para tomar tal medida um dia após ter feito um decreto em que levou em consideração “o documento apresentado de forma conjunta pelas Secretarias Municipais de Educação e Saúde, informando aumento exponencial de casos de COVID-19 entre professores e estudantes e, ainda, a iminente incapacidade de atendimento às situações de agravamento pela saúde pública”.
Dessa forma, com base nas próprias informações do município, ao manter as aulas presenciais, a administração assume o risco de agravar a situação dos casos de covid-19 em toda a comunidade escolar, incluindo servidores, funcionários terceirizados, alunos, e familiares com contato próximo com todos os envolvidos.
Tal medida é tomada também no momento em que, segundo o boletim da vigilância epidemiológica municipal, a UTI do hospital Marieta Konder Bornhausen está 95,71% ocupada, com apenas três leitos vagos.
Desde o anúncio do retorno das aulas presenciais, Sindifoz e servidores da Educação estão lutando para que alguma medida seja tomada, tendo em vista o alto risco de contaminação nas unidades escolares. Como alertado e confirmado pelo município, os casos só crescem nas escolas e creches e os profissionais estão sobrecarregados pelo baixo efetivo ocasionado pelos afastamentos de servidores.