A campanha salarial de 2020 dos servidores públicos de Itajaí começou com uma Assembleia Geral realizada pelo Sindifoz na noite dessa quarta-feira, dia 19. A categoria definiu a pauta de reivindicações que será apresentada ao governo municipal e também uma comissão foi eleita para participar das negociações. Em função das vedações da lei eleitoral, o Sindicato antecipou a campanha desse ano para fevereiro e irá solicitar com urgência uma reunião com o Executivo, tendo em vista que qualquer reajuste só poderá ser concedido até o mês de abril.
Tendo em vista as perdas salariais que virão com a mudança da alíquota previdenciária e também a reposição das perdas inflacionárias, a categoria definiu o pedido de aumento de 12%, além de um aumento no vale-alimentação, reivindicação que já foi bastante debatida com o governo em 2019, mas que não foi atendida.
Além disso, durante a assembleia foi constatado que o município atendeu apenas cerca de 25% da pauta de reivindicações do último ano. Sendo assim, grande parte dos itens da pauta será mantida nesse ano e outros foram acrescentados atendendo as solicitações dos representantes de diferentes categorias presentes na assembleia.
Mudança na alíquota previdenciária
Principal pauta de luta do Sindifoz no momento, a mudança da alíquota previdenciária foi debatida novamente durante a assembleia dessa quarta-feira. O presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen, voltou a destacar a importância de a categoria se posicionar contrária a alíquota fixa de 14%, que trará maior prejuízo aos servidores em relação a alíquota progressiva.
Uma audiência pública na Câmara de Vereadores sobre o tema foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 26, às 19h, tendo em vista que o projeto do Executivo já chegou a Casa Legislativa e deve ser votado na quinta-feira, um dia após.
“É o momento de toda a categoria se mobilizar contra esse projeto, que trará prejuízo aos servidores. Precisamos participar em peso da audiência e da votação na Câmara, para mostrar qual a nossa posição, até porque a reforma da previdência não irá parar por aí e pode trazer ainda mais prejuízos a todos”, reforçou Francisco.