Os servidores de Itajaí estiveram reunidos em assembleia geral na noite dessa terça-feira, dia 21, para deliberar sobre a nova proposta do governo municipal no diz respeito ao reajuste salarial e outros itens da pauta de reivindicações. Seguindo o que prevê a lei, a Prefeitura de Itajaí propôs o pagamento em parcela única do reajuste do IPCA, no percentual de 4,94%, a partir do vencimento de maio e também no vale-alimentação.
Após o debate entre os presentes, ficou definido que os servidores acatam o reajuste que lhes é de direito, bem como as demais propostas apresentadas pelo governo, porém, no quesito do aumento do vale-alimentação e aumento real salarial, a categoria mantém o pleito e segue em estado de greve. Dessa forma, a comissão formada por servidores do município e dirigentes do Sindifoz seguirá em negociação com o governo buscando tais solicitações. Durante a assembleia foi destacado pela categoria que em 2020 não poderá haver aumento real por conta do ano eleitoral e que desde 2015 os servidores recebem apenas a reposição da inflação.
Além disso, os servidores se posicionaram de forma favorável a outros itens da pauta cujo governo municipal acenou de forma positiva para concessão ainda nesse ano. Entre esses itens, estão o reajuste salarial para os agentes de endemias, equivalendo-se aos agentes comunitários de saúde; gratificação de graduação aos servidores de nível técnico da Saúde; criação da gratificação “risco de vida” aos agentes da defesa civil; reenquadramento do cargo de motorista no plano de cargos e salários, passando do grupo operacional para o grupo funcional; inclusão dos cargos de técnico de atividades administrativas na categoria 12 do plano de cargos e salários; e equiparação do cargo de técnico de atividades administrativas, das fundações, com o cargo do quadro geral.
Dentre as pautas que não possuem impacto financeiro aos cofres municipais, e que também receberam o sinal positivo do governo estão a liberação do dirigente sindical; indicação do Sindicato de uma pessoa para compor a Comissão de Procedimentos de Natureza Disciplinar; revisão do estatuto com a participação e aprovação dos servidores; e criação da Comissão Interna de Saúde do servidor, nos moldes da CIPA.
Paralisação contra a reforma da previdência
Também em assembleia foi deliberado que a categoria irá aderir a paralisação nacional contra a reforma da previdência, marcada para o dia 14 de junho. O presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen, e o presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina (Fetram), Lizeu Mazzioni, destacaram no encontro alguns dos prejuízos que a reforma pode trazer ao trabalhador brasileiro e por unanimidade os servidores decidiram por apoiar o movimento contra a reforma.