Os servidores públicos de Navegantes foram unanimes em decidir pela continuidade da greve em assembleia geral realizada nessa quarta-feira, ao fim do sexto dia de paralisação. Atendendo a liminar expedida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a paralisação ocorrerá a partir desta quinta na Praça Central da Praia (próximo a quadra de futebol de areia), respeitando a distância mínima de 200 metros para os prédios públicos municipais.
Além disso, os atendimentos nas áreas de educação e saúde estão sendo revistos pelo movimento grevista, também em cumprimento ao que determina a justiça. Apesar de ainda não ter sido intimado oficialmente, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz) tomou conhecimento nessa tarde da decisão e a apresentou aos servidores durante a assembleia. A liminar não considera a greve ilegal, mas sim impõe algumas restrições ao movimento, o que permitiu a categoria por decidir pela continuidade da paralisação.
O presidente do Sindicato, Francisco Johannsen, ainda lamentou a postura adotada pelo Poder Executivo, que ao longo de seis dias de paralisação não formalizou nenhuma proposta oficial as reivindicações da categoria. Para Johannsen, em vez de buscar contemplar os pleitos dos servidores para que a greve se encerrasse através de um acordo, o governo municipal preferiu ir diretamente a justiça numa tentativa de cercear o direito de greve dos trabalhadores.
Ademais, Johannen destacou que durante a reunião realizada na manhã de terça-feira com representantes do Sindifoz e dos servidores, o prefeito Emílio Vieira e sua equipe de governo sequer citaram que haviam ajuizado ação contra o movimento grevista. Pelo contrário, debaterem propostas verbalmente, e deixaram toda a categoria no aguardo de uma proposta oficial.