Os servidores públicos de Navegantes decretaram na noite dessa quarta-feira, dia 20, estado de greve. A decisão foi tomada por unanimidade pelos trabalhadores presentes na assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz). Os servidores não concordaram com a resposta apresentada pela Prefeitura de Navegantes acerca do descumprimento do acordo da greve de 2017 e cobram mais celeridade na conclusão de itens considerados fundamentais para a categoria.
Apesar de oficiada pelo Sindifoz no dia sete desse mês, um dia após a primeira assembleia dos servidores no ano, a prefeitura municipal apresentou uma resposta apenas na tarde dessa quarta-feira, dia 20. O governo argumenta que já cumpriu integralmente 16 dos 18 itens do acordo. Porém, durante a assembleia com a categoria, o Sindifoz verificou que muitos pontos ainda não estão concluídos, mas sim em andamento, ultrapassando os prazos acordados.
A revisão da tabela salarial é uma das questões que mais desagrada a categoria. A prefeitura alega já ter apresentado uma proposta, entretanto, as planilhas entregues pelo poder executivo em 2018 contam com várias falhas, como defasagens de valores e até mesmo cargos existentes no quadro do município que não constam no estudo. Por outro lado, o município não aceita a contraproposta elaborada pela categoria alegando alto impacto financeiro, mas também não justifica de forma detalhada este impacto.
A conclusão do novo estatuto do servidor público e, consequentemente, a revisão das bolsas de estudo, são outros pontos ainda sem previsão de entrega. O município afirma que retornará as reuniões para elaboração do estatuto a partir do dia 12 de março, sendo que o novo estatuto deveria ter sido finalizado ainda em 2017.
Com o decreto de greve, o Sindifoz irá comunicar o município da decisão dos servidores e solicitar uma reunião com os representantes do poder executivo para voltar a tratar dos itens descumpridos. Vale ressaltar que desde a assembleia realizada no dia seis desse mês o Sindicato vem buscando retomar a negociação com o governo, porém a prefeitura alegou falta de espaço na agenda do chefe do executivo para atender os representantes da categoria.